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A terça-feira marcou a chegada dos piratas em Antonina. Espantando qualquer tipo de desânimo, o grupo Confraria da Costa, de Curitiba, realmente fez os participantes do Festival pularem e dançarem como se estivessem se divertindo em um bar perdido, em uma época passada. 
“Eu e o guitarrista já tocávamos juntos há alguns anos. Mas foi em 2010 que resolvemos adotar a pirataria de vez”, afirma o vocalista, flautista e violonista da banda, Ivan Halfon. O músico é íntimo de Antonina, já que chegou a ter uma passagem rápida, de alguns meses, pelo curso de Letras da UFPR, o que o levou a conhecer e vir até o Festival de Inverno algumas vezes. “Nessa época já andava com o Jan (Marcel, violinista do grupo), e sempre pensávamos em tocar aqui na cidade”. 
16/07/12, Arte, talvez. Entretenimento: com certeza O conceito de pirataria pode ser meio complexo, mas é simplificado pela energia da banda e os títulos das músicas: “Caravela Estelar”, “Coisas Piores Acontecem no Mar” e “Canto dos Piratas” são algumas das faixas do primeiro álbum, de mesmo nome do grupo, que foi o foco da apresentação de ontem. 
O segundo álbum do Confraria já está em processo de mixagem, com poucos meses para estar finalizado. O título segue a linha pirata: “Canções de Assassinato”. Com influências de Tom Waits, Johnny Cash e Jethro Tull, a música acaba também passando do ponto de ser apenas entretenimento: se no meio das rodas de dança você conseguir parar para ouvir as letras, elas possuem quase sempre um “quê” de crítica, aos seres humanos, aos comportamentos. 

Ivam comenta que a música do Confraria da Costa não é arte, mas que é feita para festar, é entrenimento. Nesse ponto, tenho que discordar. Porque fazer tantas pessoas, ou marujos, como chamavam o público, se divertirem é com certeza um dos objetivos, e resultados, da cultura e da arte. 

Jornal Caranguejo - Antonina - PR