O nome Canções de Assassinato se deve pelas letras, que, sem perder a esportiva e a musicalidade ‘piratesca’, são mais pesadas que o primeiro álbum, lançado em 2011. Segundo o vocalista e produtor Ivan Halfon, elas falam de assassinato, mas de uma forma divertida. “Abordam temas como vingança, brigas, farras, assassinato, bebedeira, a fossa e a morte. Sem falar na dureza da vida no mar, que muitas vezes é a mesma da vida em terra firme. Trata-se de uma reflexão cínica e irônica sobre o homem, a sociedade e os meandros da vida e da morte”, observa Ivan.
Inicialmente, o nome do disco seria Preparar.. Apontar.. Fogo!!, que é o nome da música de abertura. Tanto que a imagem de capa se manteve a mesma: é a banda de olhos vendados num muro, como um paredão de fuzilamento. Mas como ela não deixa de ilustrar um assassinato, ou a punição por um, optou-se por mantê-la assim.
Assim como o primeiro, este álbum tem 12 músicas, que totalizam 46 minutos. “Pessoalmente, acho que um álbum deve ter mais de 30 minutos pra não ter cara de cd demo ou EP, e menos de 55 pra não ficar com cara de coletânea, nem cansativo. Claro que é só um gosto pessoal”, completa.
A banda realizou recentemente um pré-lançamento em Francisco Beltrão, e também promoverá o novo álbum na virada do ano, durante o Festival Psicodália 2013, em Rio Negrinho – SC. Além dos locais de apresentações, o novo álbum estará à venda por meio do site oficial da banda www.confrariadacosta.com.br.
A produção
Gravado nos estúdios Gramofone e 8 Sons, em Curitiba, e masterizado no Reference Mastering Studio, em São Paulo, Canções de Assassinato foi produzido pelo vocalista Ivan Halfon, em sua primeira e bem sucedida tentativa na função. “O fato de Ivan ter assumido a produção em muito ajudou, pois com um produtor de fora às vezes acabamos cedendo a fazer certas coisas do jeito dele, e acabamos saindo da proposta inicial”, afirma o violinista Jan Kossobudzki.
Ivan conta que sempre se interessou e pesquisou produção de álbuns, a textura das músicas, a ambiência. Sua preocupação maior foi alcançar os diferentes timbres e ambiências de cada música, o que ele considera uma das maiores diferenças entre os álbuns profissionais e os álbuns caseiros, como muitas vezes acabam soando os discos das bandas independentes.
Sob o comando de Ivan, todas as idéias puderam ser experimentadas. Para a música que precisava de um som sujo no vocal, foi utilizado o pior microfone encontrado. A gravação foi realizada em uma grande sala de madeira, além de experimentarem diferentes ambiências como por exemplo algumas guitarras gravadas em uma escadaria. Outras inovações foram a gravação do som vindo dos fones de ouvido, percussão com chapa de aço, baldes, ferro velho e até mesmo um piano de brinquedo.
(Na Rádio Música Curitibana)